Eu queria poder ser
a doce loucura que te tirasse os sentidos
como as paixões
e decepções que nos matam
e consomem.
Queria ser assim:
cumplice
amante
amiga.
Tudo a seu tempo
Toda a tua vida.
Quando eu me deitasse sobre teu peito nu
que eu tivesse a certeza da tua entrega
nunca do teu amor
para que não acabássemos como tantos
ou quase todos:
com a amarga sensação de que tudo foi passageiro.
Eu queria ser a mais feliz
a mais amada
a mais, escute-me bem.
pois eu acho que tem que ser assim.
Eu queria ter um perfume
um presente
um bombom
eu queria um sonho bom.
À vontade, a tarde, ouvindo um som
Dylan, Marina, qualquer um.
Quem sabe Janis?
Chamo teu nome.
Se tu vens, eu fico.
Se não...
1986 NANÁ
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